A véspera de natal
O dia 24 e 25 de Dezembro eram vividos por mim com grande entusiasmo. Os doces (que eu não como, ou melhor como as rabanadas, as velhoses, mas tudo sem açúcar. E não tem nada a ver com dietas, acreditem...)
A 1ª coisa que se fazia eram as rabanadas. Um dia ou dois antes, comprava-se o cacete, para que ele ficasse bem rijo. No dia batia-se os ovos num prato e misturava-se o vinho branco com açúcar em outro (na minha casa as rabanadas não se fazem com leite), aqueçia-se o óleo e tal como magia a cozinha era invadida de um saboroso cheiro, que ficava ainda mais intenso, quando as polvilhavamos com açúcar e canela.
Estava iniciada a Operação Natal.
A seguir ao almoço "expulsavamos" o meu pai da cozinha e por entre musicas "The hills are alive whith the sound of music" (sim, porque era raro não darem um musical, daqueles que já foram vistos e revistos, não sei quantas mil vezes, lolol...)
Raspas e sumo de laranja, fermento de padeiro, vinho do Porto e aguardente, lá começavamos a fazer as filhoses de abóbora.
Começavamos por cozer a abóbora que depois era passada no passe-vite e de seguida a polpa era colocada num pano branco a escorrer a água.
A partir daí é só começar a misturar e a amassar. Eu dizia que amassar era a parte do "gato meter a mão na massa".
Quando começasse a fazer bolhinhas estava pronta para levedar.
Aqueçia-se num tacho a àgua, colocava-se o alguidar em cima, coberto por um pano e abafado por um cobertor e ficava assim pelo menos três horas a levedar.
Finalmente chegava a parte que mais gostava... fazer as velhoses estendidas.
Existe um número quase infinito de receitas, mas eu gosto mesmo de as fazer a olho.
O resultado normalmente é que quando penso fazer 500 gr. de massa, ela aumenta para o dobro...mas não faz mal, pois comem-se todas.
Farinha, fermento padeiro, laranja (raspas e sumo), ovos, vinho do Porto, aguardente, um fio de azeite... depois chegava a parte mais divertida, que era ver quem fazia mais barulho a "sovar" a massa, se a minha vizinha ou nós.
Estas recordações são de facto, qualquer coisa de extraordinário...
Depois de amassada, fazia-se uma cruz na massa (nunca entendi o porquê... tradições), era coberta por um pano e ficava a levedar pelo menos uma hora.
O dia 24 e 25 de Dezembro eram vividos por mim com grande entusiasmo. Os doces (que eu não como, ou melhor como as rabanadas, as velhoses, mas tudo sem açúcar. E não tem nada a ver com dietas, acreditem...)
A 1ª coisa que se fazia eram as rabanadas. Um dia ou dois antes, comprava-se o cacete, para que ele ficasse bem rijo. No dia batia-se os ovos num prato e misturava-se o vinho branco com açúcar em outro (na minha casa as rabanadas não se fazem com leite), aqueçia-se o óleo e tal como magia a cozinha era invadida de um saboroso cheiro, que ficava ainda mais intenso, quando as polvilhavamos com açúcar e canela.
Estava iniciada a Operação Natal.
A seguir ao almoço "expulsavamos" o meu pai da cozinha e por entre musicas "The hills are alive whith the sound of music" (sim, porque era raro não darem um musical, daqueles que já foram vistos e revistos, não sei quantas mil vezes, lolol...)
Raspas e sumo de laranja, fermento de padeiro, vinho do Porto e aguardente, lá começavamos a fazer as filhoses de abóbora.
Começavamos por cozer a abóbora que depois era passada no passe-vite e de seguida a polpa era colocada num pano branco a escorrer a água.
A partir daí é só começar a misturar e a amassar. Eu dizia que amassar era a parte do "gato meter a mão na massa".
Quando começasse a fazer bolhinhas estava pronta para levedar.
Aqueçia-se num tacho a àgua, colocava-se o alguidar em cima, coberto por um pano e abafado por um cobertor e ficava assim pelo menos três horas a levedar.
Finalmente chegava a parte que mais gostava... fazer as velhoses estendidas.
Existe um número quase infinito de receitas, mas eu gosto mesmo de as fazer a olho.
O resultado normalmente é que quando penso fazer 500 gr. de massa, ela aumenta para o dobro...mas não faz mal, pois comem-se todas.
Farinha, fermento padeiro, laranja (raspas e sumo), ovos, vinho do Porto, aguardente, um fio de azeite... depois chegava a parte mais divertida, que era ver quem fazia mais barulho a "sovar" a massa, se a minha vizinha ou nós.
Estas recordações são de facto, qualquer coisa de extraordinário...
Depois de amassada, fazia-se uma cruz na massa (nunca entendi o porquê... tradições), era coberta por um pano e ficava a levedar pelo menos uma hora.
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