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A mostrar mensagens de outubro, 2007

Tradições Natalícias do nosso Portugal

Do Minho ao Douro, das Beiras, à Estremadura, do Alentejo até ao Algarve e nunca esquecendo as ilhas, Portugal é rico em tradições gastronómicas. Não há quase casa, onde na noite de Natal, o bacalhau não seja rei, mas existe outras iguarias que só de falar nelas, já cresce água na boca. Região do Minho Véspera de Natal Polvo de Meia Cura Ingredientes: - 1 kg. Polvo meia cura - 1 kg. Batatas - 2 Cebolas - 4 Ovos - Meio molho Grelos - Alhos, azeite e vinagre, q.b. Preparação: Lave o polvo e depois leve-o a cozer como habitual. Na mesma água pode cozer as batatas e os ovos. Coza à parte os grelos. Separe as pernas do polvo e sirva acompanhado dos restantes ingredientes temperado com o alho picado, azeite e vinagre. Bom apetite. Mexidos: Ingredientes: - 300 gr. Pão Trigo (do dia anterior) - 0,5 kg. Açúcar - 0,5 Lt. Água - Sal q.b. - 2 Colheres sopa Mel - 25 gr. Margarina - 1 Casca Limão - 1 Pau Canela - 1 Cálice vinho Porto - 8 Gemas - 50 gr. Pinhões - 50 gr. Passas Sultanas - Canela em pó

A origem dos enfeites de Natal

Hoje em dia decora-se as árvores de Natal de todas as maneiras possíveis e imaginárias. Mas sabe que as primeiras decorações natalícias tinham como base frutos da época, doces, bolos e velas? Os alemães, mais propriamente vidreiros alemães é que inventaram os primeiros objectos em vidro leve, para enfeitar a árvore. Proponho que este ano decore a sua árvore de maneira diferente e original. Recorte figuras tipicamente natalícias (procure desenhos na Internet) tais como sinos, anjos, etc , em feltro, ou mesmo esferovite (placas finas). Ouse encontrar decorações alternativas, como conchas e búzios apanhados nas férias de verão. Gosta de animais? Porque não tirar umas fotos deles e cola-las em espuma ou em esferovite? Já alguma vez pensou em fazer decorações comestíveis? É tão simples como fazer uma simples receita de biscoitos de manteiga e cortar a massa com aquelas figuras que todos conhecemos, cozer e depois enfeitar a sua árvore à maneira mais antiga.

Presentes Originais...

Aproxima-se a passos largos, mais um Natal e consigo as correrias para os Shoppings, as listas de prendas que nunca mais acaba, ufff... Já está a ficar stressado (a) só de pensar não é? Então porque não muda de estratégia este ano e não faz você as prendas? Provavelmente até vai poupar algum dinheiro e ainda surpreende todos. Agora que tanto se fala em produtos “Gourmet”, porque não deitar mãos à obra e ser você a faze-los? (Estas receitas foram retiradas da Revista “Cozinha Guia, nº 5 Especial Dezembro 97) Azeite de Cheiros De Estragão: -1 Lt. Azeite - 50 gr. Estragão - 30 gr. Mangerona - 1 Colher chá Mostarda em grão - Sal q.b. De Funcho: - 1 Lt Azeite - 30 gr. Funcho em rama - 1 Colher café Pimenta em grão Preparação: Misture os ingredientes na garrafa e deixe macerar 30 dias. Vinagres de Cheiros: 5 Aromas: - 1 Lt. Vinagre - 3 raminhos Segurelha - 2 raminhos Estragão - 3 raminhos Manjericão - 1 Colher café Pimenta em grão De Tomilho: - 1 Lt Vinagre - 3 raminhos Tomilho - 1 Cenoura -

As prendas mais esperadas...

Como qualquer criança tive os meus desejos, apesar de os tempos serem diferentes e não existir a oferta, nem a disponibilidade monetária dos tempos de hoje. Um dos meus desejos, foi uma máquina de costura que um ano estava na montra da drogaria do Sr. Zé. Aquele brinquedo foi "namorado" semanas a fio, era toda em plástico, não cozia nada, mas tinha uma roda que mexia e fazia o barulho exacto da máquina de costura. Quando na noite de Natal abri a caixa de papelão (ainda hoje essa caixa existe) e vi a máquina, nem queria acreditar... Outra coisa que eu quis ter, foi um carrinho para ir "passear" as bonecas. A surpresa é que em vez de um tive dois, (é o que dá fazer anos perto do Natal). Uma coisa que eu queria muito ter e que apanhei uma valente decepção, foi algo parecido com uma caixa de música em miniatura, com um fio para se pendurar no pescoço. Se não estou em erro, tinha uma imagem de um boneco que era o Misha. Os meus pais deram-mo, eu não cabia em mim de co

Malandrices de Natal...

No nosso imaginário existe objectos, cheiros que nós identificamos com o Natal. Ora eu na minha árvore sempre tive para além das fitas, bolas, sinos, etc... Fantasias de Natal . Algumas eram compradas pelos meus pais, outras dadas no lanche da Festa de Natal da Fábrica onde o meu pai trabalhava. Esses chocolates iam direitinhos árvore. Um ano, ao desfazermos a árvore no dia 6 de Janeiro, qual não foi o nosso espanto quando encontramos as pratas das fantasias, mas dobradas tal como se ainda tivessem o chocolate lá dentro. Que mistério aquele... eu não as comia, porque não gosto de doces, os meus pais também não... então veio-se a descobrir que tinha sido o meu irmão. Mas foi cuidadoso, deixar as pratas direitinhas, esperto... hã??

O Natal actual...

A principal diferença é que o Natal é dividido entre duas casas, a mesa de Natal em vez de cinco pessoas agora são sete e às vezes oito e já não temos o avô à mesa (ele faleceu faz três anos na noite de Natal). A véspera de Natal apesar de me custar imenso, não estou em casa (normalmente trabalho até perto das cinco da tarde... alguém têm que o fazer, não é?) Todos os preparativos são feitos um bocado a conta gotas. Os doces começam a ser feitos no dia 23 (normalmente é um dia que me deito bastante tarde, para tentar deixar as coisas encaminhadas) Os dois dias são passados na casa do meu irmão e na tarde do dia de Natal vou para casa dos meus sogros, onde as tradições são um bocadinho diferentes, não existe a tradição das velhoses, mas por exemplo existe os Mexidos (pão, água, vinho do Porto, pinhões) e a Aletria entre outras coisas. São Natais de gente adulta, mas não deixam de ter a sua magia...

Memórias de Natais passados... continuação

O Dia de Natal ...começava bem cedo na minha casa, pelas 7.30 horas já a minha mãe andava de pé. O galo tinha que ser cozido e levava muito tempo, depois de cozido fazia-se o arroz de cabidela (com as miudezas e o sangue) e o galo assava-se no forno. Fazia-se ainda farófias com as claras com as claras que sobravam ou tentava-se fazer um molotov, mas coitado... nunca corria lá muito bem... Eu acordava pelas 9.00 horas, comia e enquanto via o "Skin D'Ouro" estava encarregada da salada de frutas e da salada para o almoço. Lá pelas 13.00/ 13.30 horas almoçava-se, depois do café e sobremesas arrumava-se a cozinha e passava-se a tarde a ver filmes na televisão e a comer velhoses. O dia depressa chegava ao fim e eu ficava como ainda hoje fico, com uma sensação de vazio que nunca consegui explicar. Era assim o Natal de quando eu era criança...

Memórias de Natais já passados 2 (continuação)

A véspera de Natal... A fase seguinte era a de fazer algo que não estava no programa, uma torta de cenoura, ou as azevias que a minha mãe teimava em fazer e que ao fitarem rebentavam sempre... Eu ia partir as nozes, amêndoas e avelãs, arranjar os figos com nozes, depois colocava-as nos pratinhos e aia arranjar a cómoda da sala para lá colocar as iguarias. Depois disto começava-se a fritar as velhoses de abóbora, estavamos sempre muito ansiosas para ver se ficavam fofinhas e se cresciam ou não. Lá pelas 17.30/18.00 o meu avô chegava a casa e trazia o galo ( comia-se galo no dia de Natal). Sentava-se na sala a ver televisão (para dentro... lolol) e no fim das velhoses estarem fritas, ele era o primeiro a prová-las. De seguida passavamos à parte de estender a massa das velhoses estendidas, eu estendia e a minha mãe fritava-as. Ás vezes iventava uns fritos estranhos, tipo chamuças, com marmelada dentro, outras vezes fazia uns corações, umas luas... Quando acabavamos, eram tantas, tantas, q

Memórias de Natais já passados 2 ...

A véspera de natal O dia 24 e 25 de Dezembro eram vividos por mim com grande entusiasmo. Os doces (que eu não como, ou melhor como as rabanadas, as velhoses, mas tudo sem açúcar. E não tem nada a ver com dietas, acreditem...) A 1ª coisa que se fazia eram as rabanadas. Um dia ou dois antes, comprava-se o cacete, para que ele ficasse bem rijo. No dia batia-se os ovos num prato e misturava-se o vinho branco com açúcar em outro (na minha casa as rabanadas não se fazem com leite), aqueçia-se o óleo e tal como magia a cozinha era invadida de um saboroso cheiro, que ficava ainda mais intenso, quando as polvilhavamos com açúcar e canela. Estava iniciada a Operação Natal. A seguir ao almoço "expulsavamos" o meu pai da cozinha e por entre musicas "The hills are alive whith the sound of music" (sim, porque era raro não darem um musical, daqueles que já foram vistos e revistos, não sei quantas mil vezes, lolol...) Raspas e sumo de laranja, fermento de padeiro, vinho do Porto e

Memórias de Natais já passados...

Sempre que chega esta fase do calendário, sou invadida por memórias antigas dos Natais que já passaram. Da altura em que não havia uma "preocupação comercial" com esta quadra, da altura em que tudo o que acontecia era natural, mesmo aquelas situações mais inesperadas, eram enfrentadas com um sorriso na boca e tudo estava sempre bem. Penso que já aqui contei que o Natal na casa dos meus pais começava e ainda começa cedo. No ínicio de Dezembro (às vezes até antes) começam os preparativos... Que me desculpem os ambientalistas, mas a coisa que mais fantástica que eu vivia, era encontrar o pinheiro. Existia sempre uma condição... tinha que ser mais alto que eu, logo com o passar dos anos, o pinheiro crescendo, assim como o dificuldade em arranjá-lo. Uns dias mais tarde, normalmente no dia em que dava o Natal dos Hospitais, eu ia procurar o musgo para o presépio e o azevinho selvagem (hoje em dia esta planta quase nem existe). Ao chegar a casa era uma excitação a montagem do p